A pandemia transformou o mundo quanto aos hábitos
e procedimentos da população. No mercado de trabalho não foi diferente. O home
office (teletrabalho), tornou-se uma prática fundamental para que as
empresas, escritórios, comércios, entre outros, não parassem com as suas
atividades.
Muitas das empresas e escritórios já haviam
implantados este modelo de trabalho, e estas apesar de estarem satisfeitas com
o home office, pois vinham aumentando esta prática, e atestam
até crescimento na produtividade, porém ficou evidenciado nesta pandemia que o
mercado e as pessoas não estavam preparados para o trabalho no modelo home
office. Pois, alguns destes profissionais já estavam
acostumados com a dinâmica, porém a grande maioria que tiveram que mudar este
modelo de trabalho não estavam preparados.
Muitos estudos atuais mostrando que os profissionais envolvidos podem estar tendo problemas para se desligar do trabalho, afetando sua saúde mental e física, causado pela quebra dos horários dos turnos, intermináveis e múltiplas jornadas, familiares e pets invadindo espaços e reuniões de trabalho, ou seja, não há mais descanso.
Os trabalhadores passaram a sentir uma fadiga
eletrônica e, consequentemente, aumentou o estresse, o que fez este colaborador
comer mais e pior. No entanto, quase um ano depois e com os surtos se
multiplicando, a recomendação de priorizar o teletrabalho permanece.
Sem condições adequadas de trabalho em suas casas, no entanto, o home office tem trazido impactos na saúde e no bem-estar dos brasileiros. Os principais sintomas físicos que se tornaram mais frequentes que o habitual são dores nas costas (58%), no pescoço (75%), fadiga ocular (55%), perda de sono (55%) e dores de cabeça (53%).
Os resultados são de estudo realizado pelo Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da Fundação Getulio Vargas (FGVSaúde), em parceria com o Institute of Employment Studies (IES) do Reino Unido e com o apoio técnico da empresa Sharecare.
Um capítulo à parte quanto a saúde do trabalhador estão
os que sofrem com Burnout, esgotamento físico e mental por excesso de trabalho.
A Síndrome de Burnout (distúrbio emocional ligado ao esgotamento profissional
extremo) é um perigo real. No ano passado, a Organização Mundial da Saúde a
incluiu oficialmente em seu catálogo de doenças. Segundo a Associação Nacional
da Medicina do Trabalho, 30% dos brasileiros já sofrem com o problema - mesmo
sem a pandemia.
A pandemia de covid-19 mudará em definitivo a
forma de trabalho. A doença acelerou processos que já vinham se desenhando há
anos. E nem mesmo a descoberta de uma vacina fará a sociedade voltar ao que era
antes. No futuro será preciso resgatar as premissas do teletrabalho que exige
uso saudável da tecnologia, o que quer dizer ter equilíbrio e evitar excessos.
Neste novo normal, o equilíbrio entre a família
e o trabalho passa a ser primordial para a manutenção da saúde. A necessidade
de implantação do teletrabalho tem que ter uma maior sensibilidade no
equilíbrio entre família e trabalho em home office.
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