A visão responde por 85% de nossa integração com o
meio ambiente e ainda assim é negligenciada pelo trabalhador brasileiro. Prova
disso, é o aumento da incidência dos traumas oculares no ambiente de trabalho,
enquanto outros tipos de acidentes laborais tiveram queda. Só para se ter uma
idéia, o número de traumatismos no olho e órbita ocular mais que dobrou entre
2008 e 2010 segundo relatórios da Previdência Social. Saltou neste período de
2,3 mil para 4,7 mil. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido
Burnier, Leôncio Queiroz Neto, pode significar um aumento exponencial dos
custos corporativos. Isso porque, este ano as empresas devem devolver aos
cobres públicos R$ 67 milhões referentes a acidentes laborais e para cada R$ 1
segurado pela previdência podem ser acrescidos R$ 4 não segurados.
A Previdência também revela que o olho é a quinta parte do corpo mais atingida pelos acidentes de trabalho. Responde por cerca de 4% das lesões, contra a incidência de 4,3% de ferimentos no joelho, 8,6% nos pés (exceto artelhos), 8,7% nas mãos (exceto dedos e punho) e 30,4% nos dedos.
Segundo Queiroz Neto, o movimento no consultório mostra que parte dos acidentes oculares está associada à falta de orientação dos trabalhadores autônomos na escolha dos óculos de proteção ou EPI (Equipamento de proteção individual). Por isso, ele acredita que o número de acidentados seja bem maior que o contabilizado pela Previdência. "Várias pessoas chegam ao consultório com ferimentos nos olhos e relatam estar usando EPI no trabalho", afirma. Estes foram os casos de um soldador e um serralheiro recentemente atendidos pelo médico, Isso acontece por uso de EPI inadequada, má iluminação ou ventilação imprópria, diz. Os óculos de proteção adequados podem reduzir em 90% os acidentes oculares. Por isso, acredita que falta uma campanha para esclarecer empresários e trabalhadores.
A Previdência também revela que o olho é a quinta parte do corpo mais atingida pelos acidentes de trabalho. Responde por cerca de 4% das lesões, contra a incidência de 4,3% de ferimentos no joelho, 8,6% nos pés (exceto artelhos), 8,7% nas mãos (exceto dedos e punho) e 30,4% nos dedos.
Segundo Queiroz Neto, o movimento no consultório mostra que parte dos acidentes oculares está associada à falta de orientação dos trabalhadores autônomos na escolha dos óculos de proteção ou EPI (Equipamento de proteção individual). Por isso, ele acredita que o número de acidentados seja bem maior que o contabilizado pela Previdência. "Várias pessoas chegam ao consultório com ferimentos nos olhos e relatam estar usando EPI no trabalho", afirma. Estes foram os casos de um soldador e um serralheiro recentemente atendidos pelo médico, Isso acontece por uso de EPI inadequada, má iluminação ou ventilação imprópria, diz. Os óculos de proteção adequados podem reduzir em 90% os acidentes oculares. Por isso, acredita que falta uma campanha para esclarecer empresários e trabalhadores.
Foto:
Davi Chain / Oficina da Photo
Como escolher os óculos de proteção.
* Proteção lateral total - Óculos indicado para
impedir partículas multidirecionais e penetração de radiação UV (Ultravioleta).
* Protetor com perfuração - Permite a ventilação e
é ideal para não embaçar a lente em ambientes quentes.
* Protetor fixado em tela de aço - Indicado para
evitar perfuração ocular por partículas mais pesadas.
* Proteção lateral fixa - Para atividade de baixo
risco como supervisores e dentistas que precisam manter boa visão periférica.
Cor de lente mais apropriada.
Queiroz Neto diz que a cor da lente influi na visão
de contraste, cansaço, visual e ofuscamento. As recomendações para melhorar a
visibilidade são:
* Amarela - Melhora a visão em condições de pouca luz como dias nublados, com neblina e à noite. Também evita o ofuscamento e por isso é indicada para direção noturna.
* Amarela - Melhora a visão em condições de pouca luz como dias nublados, com neblina e à noite. Também evita o ofuscamento e por isso é indicada para direção noturna.
* Cinza - Ideal para proteção contra ao excesso de
luminosidade do sol e nos trabalhos de solda.
* Verde - Melhora a visibilidade em condições
moderadas de luminosidade.
* Laranja - Melhora a visão de contraste tanto em dias ensolarados como durante a noite.
* Laranja - Melhora a visão de contraste tanto em dias ensolarados como durante a noite.
* Azul ou rosa - Ideais para descansar os olhos.
Cansaço visual diminui produtividade.
O especialista afirma que a maioria dos acidentes
oculares acontece depois de 3 horas ininterruptas de trabalho. Por isso, a
recomendação é dar uma pausa de 15 minutos depois desse período. Já para quem
trabalha no computador a pausa deve ser feita depois de 2 horas. O médico que é
autor de três estudos sobre os efeitos do computador na visão diz que 75% dos
usuários com até 40 anos e 90% dos que têm idade superior são portadores da
síndrome da visão no computador (CVS). Os sintomas são - ardência, visão
embaçada, sensação de areia nos olhos e dor de cabeça. Ele explica que é uma
doença ocupacional relacionada, principalmente, a fatores ergonômicos -
distância da tela, posição em relação aos olhos e iluminação ambiente. As
principais recomendações são: piscar voluntariamente e pausar 5 minutos a cada
duas horas de trabalho. O cansaço visual pode diminuir a produtividade em até
20%,afirma.
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