sábado, 10 de outubro de 2009

Estudo revela que plantas em escritórios ajudam a purificar o ar.

EUA - Um dos principais componentes da poluição atmosférica, o ozônio é um gás incolor e altamente reativo. Embora seja mais frequentemente associado a ambientes externos, também se faz presente em ambientes fechados como escritórios. Como, em países industrializados, as pessoas permanecem mais de 80% do tempo, em média, em ambientes fechados, essa forma de poluição tem sido encarada como um problema para a saúde ocupacional. O ozônio costuma ser liberado por conta do funcionamento de diversos tipos de impressoras, fotocopiadoras, luzes ultravioleta e alguns sistemas de purificação do ar.
O número de mortes influenciadas pela baixa qualidade do ar é 14 vezes maior em ambientes internos do que em externos. O Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas estimou que mais de 2 milhões de pessoas morrem a cada ano devido à toxicidade do ar em ambientes fechados. Entre os efeitos tóxicos do ozônio para a saúde humana estão edemas pulmonares, hemorragia, inflamação e redução da capacidade pulmonar.
Diante de tal cenário, diversos países têm buscado alternativas eficientes e cujo custo não torne suas aplicações inviáveis. Em aparelhos de ar condicionado, pode-se aplicar filtros de carvão ativado para redução dos poluentes, mas seus custos de instalação e manutenção são ainda elevados.
No entanto, um grupo de cientistas da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, publicou recentemente resultados de um estudo que avaliou os efeitos de três plantas comuns nos níveis de ozônio em ambientes fechados. O trabalho foi publicado na revista HortTechnology, da Sociedade Norte-Americana de Ciência da Horticultura.
Os pesquisadores utilizaram pés de espada-de-são-jorge (Sansevieria trifasciata), clorofito (Chlorophytum comosum) e jiboia (Epipremnum aureum), que têm rica folhagem e são de fácil manutenção.
Para simular escritórios e ambientes domésticos, os pesquisadores montaram câmaras em uma estufa equipadas com um sistema de filtragem do ar no qual as concentrações de ozônio pudessem ser reguladas e medidas.
Dados das câmaras foram registrados a cada 5 minutos após a aplicação de ozônio. Os resultados mostraram que as taxas de eliminação do ozônio eram maiores nas câmaras que continham plantas do que em outras sem plantas, usadas como controle. Não houve diferença significativa entre as taxas apresentadas pelas três espécies de plantas.
"Como a poluição do ar interno afeta grandemente os países, o uso de plantas como método de mitigação pode servir como uma alternativa eficiente e de baixo custo", destacaram os autores. Segundo eles, a alternativa seria ainda mais vantajosa para os países em desenvolvimento, nos quais alternativas tecnológicas de controle da qualidade do ar em ambientes fechados são muitas vezes economicamente inviáveis.

Fonte: Agência FAPESP - 1/10/2009

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